sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Personalidades que se destacaram na área da Vida

Aristides de Sousa Mendes

Aristides de Sousa Mendes (1885-1954), diplomata e político português, licenciou-se em Direito na Universidade de Coimbra. A 12 de Maio de 1910, foi nomeado cônsul de 2ª Classe na Guiana Britânica, passando depois a exercer funções em Zanzibar, onde ganhou muito prestígio. Em Fevereiro de 1918, foi nomeado para desempenhar o mesmo cargo em Curitiba, no Brasil. Ainda nesse ano foi promovido a cônsul de 1ª Classe. Porém, devido às suas convicções monárquicas e anti-republicanas, veria, em 1919, as suas funções serem suspensas, passando à disponibilidade. Em meados de 1921 foi convidado a dirigir temporariamente o consulado em S. Francisco, na Califórnia. Foi solicitado mais do que uma vez para voltar ao Brasil até que, em 1926, uma portaria obrigou-o a regressar a Lisboa para prestar serviço na Direcção-Geral dos Negócios Comerciais e Consulares.
Com o golpe de Estado de 28 de Maio de 1926, Aristides de Sousa Mendes foi nomeado cônsul em Vigo. Apoiando e servindo desde o seu início o regime ditatorial, recebeu várias vezes louvores de Salazar.
De 1931 a 1938 foi cônsul em Antuérpia, sendo então transferido para Bordéus. No entanto, foi devido a esta transferência que Aristides de Sousa Mendes viria a desempenhar o papel público mais importante da sua vida. À medida que crescia na Europa o Nazismo, crescia também o número de refugiados, sobretudo judeus, tendo muitos deles escolhido Bordéus. Aí, Aristides de Sousa Mendes, contrariando instruções formais recebidas, concedeu milhares de vistos a judeus que procuravam escapar ao extermínio nazi, chegando mesmo a albergar refugiados na sua casa. Estas atitudes desagradaram muito a Salazar, que o destituiu em 1940. Em Bordéus, porém, foi-lhe erguida, em 1994 uma estátua.
Em 1967, Yad Vashem, uma organização estatal israelita para a recordação dos mártires e heróis do holocausto, homenageou Aristides de Sousa Mendes com uma das suas mais altas distinções. Em 1987, o Presidente da República Mário Soares conferiu-lhe, a título póstumo, a Ordem da Liberdade e, em 1989, a Assembleia da República reparou a grave injustiça que lhe fora cometida, reintegrando-o no serviço diplomático por unanimidade e aclamação.
A 6 de Abril de 2005 foi homenageado nos Estados Unidos da América, a sua coragem e determinação em salvar judeus no tempo da 2ª Guerra Mundial irão ser recordadas para sempre na Galeria dos Salvadores do Museu da Herança Judaica, em Nova Iorque. (Ivo Araújo)
(Trabalho elaborado no âmbito da disciplina de Língua Portuguesa)

1 comentário:

Anónimo disse...

Os trabalhos aqui no blogue ficaram ainda mais atraentes. Continuem ...
Isabel Fernandes